quinta-feira, 27 de setembro de 2007

produção pós-exposição...

...ver tantos trabalhos juntos, dá vontade de criar mais e mais...



e com esta vontade surgiram uma pequena série de pequenas aquarelas com colagens, repartindo - alusão aos momentos em que sentimos o palpitar da vida...um gesto, uma recordação, um sentimento, um fato, uma vitória, ideais, enfim sentimentos que temos a prerrogativa de possuir...como é bom viver!!!

aquarelas 13x15 - colagem - papel montvall 300g

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

momentos felizes!


alguns cliques desta noite feliz e real, vivida com maturidade e consciência, sensibilidade e arte!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

obrigada!

Obrigada do fundo do coração a todos que ontem estavam presentes! E aqueles que não puderam estar fisicamente mas estavam de outra forma! obrigada obrigada e obrigada!

domingo, 16 de setembro de 2007

laboratório...

O que vivi nestes últimos meses, preparando a exposição, poderia chamar de processo criativo. Devido a "transpiração", faziam seis anos que não conseguia realizar uma individual [assim deste porte], neste período pintava um quadro e entregava ao seu dono ou enviava para galerias, ficava com uma foto para catalogar, mas é muito diferente de conviver com os quadros olhando para eles todos os dias, achei muito interessante: um entrava no outro!
Ao visualizá-los juntos, retornei quase em cada obra para aperfeiçoar algo, as cores utilizadas em alguns, sugeria outros, também vinham à mente muitos esboços, vontade de experimentar outras maneiras e assim fiz algo que não fazia há muito tempo...esboçar, rascunhar - acho que todo mundo que trabalha com criação, deveria estar no meio de suas criações, olhando, analisando...gostei muito, não recordava mais como era ter os "frutos" todos juntos...
Gostaria de dizer também que estou muito feliz por esta realização!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que é Giclée?

Giclée é uma palavra francesa usada nos EUA para nomear o processo de microjato de tinta, a uma determinada pressão, usado na impressão desta nova geração de gravuras. É feita na máquina "Giclée Printer", que jateia aproximadamente 4 milhões de microscópicos pingos de tinta por segundo, em papel ( 100% algodão, 220 g ) ou tela. Podem ser usadas até 16 milhões de cores numa só giclée.
Esta tecnologia é considerada o que há de mais sofisticado em termos de impressão para artes gráficas. Todo o material, incluindo tintas pigmentadas específicas, é importado. Tanto a tela como o papel ( 220 g ) são procedentes da Alemanha e são preparados para receber tintas de alta duração ( marca Epson, importadas dos EUA ).
As giclées em papel são entregues com um passe-par-tout de papel ( marca Crescent - PH neutro, também americano). As em tela já vem montadas num chassis.
A partir de um cromo ( 10 x 12 cm ) do quadro original, é criado um arquivo digital de altíssima resolução. A artista passa, então, a trabalhar junto com a editora na correção e ajuste de cores e após a aprovação da matriz, a gravura é impressa individualmente sobre um suporte de tela ou papel permitindo que a qualidade da obra original seja totalmente preservada.
As edições são limitadas, numeradas e assinadas pela artista, sendo emitidos certificados de autenticidade, garantindo a origem da obra. A sua durabilidade é superior a 150 anos , desde que observadas as normas de conservação : nunca expor diretamente ao sol, a água ou umidade excessiva. As giclées em tela já possuem uma camada de verniz protetor, não necessitando qualquer adição de uma outra. Para limpar a tela, passar somente um pano livre de fiapos, macio e seco.

Estou muito feliz, lançarei na Individual duas imagens com esta inovação e padronização internacional. Já chegaram pelo sedex as provas!

Aguardem!!!




sábado, 8 de setembro de 2007

A exposição...

...será no dia 19 de setembro, às 20:30horas na Galeria Artlumen em Chapecó!
Permanecerá aberta ao público até 03 de outubro de 2007.
Espero todos que por uma ou outra razão, de uma maneira ou outra, hierarquizam a arte e suas manifestações sensíveis em suas vidas.

O Convite!

Ficará pronto esta semana!


Repartindo com vocês a frente e o texto que fará parte dele - autoria da Gina Zanini, artista plástica, que após ver as obras e saber um pouco de minha trajetória escreveu um texto surpreendente para mim.


Gina, muito obrigada por sua sensibilidade e percepção de artista!


VIDA QUE VOLTA À VIDA!


MARLOWA POMPERMAYER MARIN nasceu em Caçador, Santa Catarina, Brasil no ano de 1966. Em 1988 concluiu o curso de desenho artístico, no Instituto de Desenho do Paraná em Curitiba, iniciando a futura aquarelista. Passou a residir em Chapecó/SC no ano de 1991, associando-se à ACHAP – Associação Chapecoense de Artistas Plásticos. Sua trajetória artística é composta por diversas exposições, salões de arte e obras que se encontram em países como Portugal e Inglaterra. Está inserida no “Dicionário Internacional de Artes Plásticas Julio Louzada” (1996).
Figura humana e cotidiano são temas abordados plasticamente desde o início da história da humanidade como um caleidoscópio, com diversas possibilidades formais e semânticas. Entretanto, desconheço o retrato de personagens tão felizes. Assim, conceituo as produções plásticas de Marlowa: um simulacro da realidade, momentos felizes – que vivemos, que gostaríamos de viver, que poderemos viver – momentos congelados, demarcados. Momentos. E como já dizia Vinícius de Moraes “... tristeza não tem fim, felicidade sim”.
Nesta exposição individual, percebemos alguns símbolos que se tornam constantes, que remetem momentos do cotidiano, lembranças e histórias vivenciadas: tigela com pipocas; margaridas (que pelo tamanho parecem girassóis!) tecido xadrez, lenço de pescoço ao vento, a brisa, o cabelo arranhado, e a palavra (de vida feliz) como imagem: letra cursiva que se contorce e emoldura. Essas imagens, retratadas em personagens ora sozinhos, ora em família (reunida sobre um sofá), sofreram pequenas modificações com o passar do tempo, acompanhadas pelo crescimento da artista. As cores aquareladas, que outrora se distanciaram para dar lugar à intensidade das primárias, hoje misturam-se na paleta, criando possibilidades para a multiplicidade de tons - suaves, misturados, com camadas de transparências que sugerem o retorno à aquarela.
Outra singularidade nesta coleção – marcada pelo número de trabalhos produzidos e nunca aproximados, é o movimento que os personagens agora possuem: deitam, saltam, voam! Saem da estabilidade de pernas alinhadas, do sentar a lado. Acompanhando esse movimento, os pixels saem do mundo cyber para participar das telas, transformando o espaço branco em ferramenta do photo paint: as palavras, grafadas como arte digital, por meio de plotagens, estão contemporaneamente inseridas.
Analisando os trabalhos da artista plástica Graciela Boulanger, foco de inspiração de Marlowa, percebo que os personagens são marcados por uma face triste, triste como um dia chuvoso, e esse oposto é o diferencial dos trabalhos desta exposição.
Lendo um recorte no blog de Renato Alarcão, retratando o imenso abismo entre o ansiado e o alcançado, surpreende-me a frase “(...) guardava em si uma verdade que de fato atormenta diversos artistas: a imensa distância entre aquela obra de arte impressa na mente e aquela que a mão consegue tornar materialmente visível”. Reflito nos trabalhos de Marlowa o equilíbrio do (in)visível, a dualidade do imagético com o palpável, o não-distanciar Os personagens nos aconchegam, nos trazem pra perto, nos sorriem fazendo-nos sorrir.
E o que também faz sorrir, é o lilás. Ah, o lilás! Cor que acalma, alegra, envolve, desnorteia. E, com o lilás, desfecho essa nova coleção, essa nova vida – dela e dos personagens – que retornam à vida, tranqüila e transparentemente feliz!.

Gina Zanini [artista plástica, especialista em estética].